Ultrassonografia, Quando? Quais e…Quantas?

Os 3 Q’s que todas as mamães tem na cabeça durante a gestação…Quando, quais e quantas ultrassonografias fazer durante a gravidez? O fato é que não existe um número certo de quantos ultrassons devem ser realizados durante a gravidez, isso vai depender da necessidade de acompanhamento de cada gestante, se há ou não alguma alteração morfológica, restrição do crescimento fetal, risco de parto prematuro, entre tantas outras possibilidades.

Entretanto, toda gestante deveria ter a oportunidade de acompanhamento ultrassonográfico pelo menos três vezes, sendo um em cada trimestre, no mínimo.

Bom, agora eu irei listar para vocês quando e quais exames de ultrassom devem ser feitos idealmente, e consequentemente, você descobrirá o 3Q, de quantos…

No primeiro trimestre: ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
– A partir de 6 semanas (ideal: 8 semanas) de acordo com o primeiro dia da última dia de menstruação, pode-se fazer a ULTRASSOM TRANSVAGINAL para conferir a idade gestacional e verificar se a gestação é tópica, ou seja, dentro do útero, se há algum hematoma ou descolamento subcoriônico e ouvir os batimentos do coraçãozinho♥ do bebê (momento de muita emoção).

– Entre 11 e 13 semanas e 6 dias (ideal: 12 semanas), faz-se o exame MORFOLÓGICO DE PRIMEIRO TRIMESTRE. Esse exame é um dos mais importantes, onde vamos poder iniciar a avaliação da morfologia fetal com o objetivo de descartar malformações maiores e é o período onde vamos identificar os principais marcadores ultrassonográficos de defeitos congênitos, como a Translucência Nucal, Osso Nasal, Ducto Venoso, Translucência intracraniana e Regurgitação tricúspide. ⠀⠀⠀⠀

Também vamos fazer o rastreamento de pré-eclâmpsia grave e/ou crescimento intrauterino restrito (CIUR) através do Doppler das artérias uterinas.

A medida do colo uterino já pode ser realizada para uma avaliação inicial de insuficiência istmocervical.
É ainda neste exame o único momento da gestação em que podemos oferecer um cálculo de risco preciso para cromossomopatias, como a síndrome de Down (que é mais comum) e outras. ⠀⠀⠀

No segundo trimestre: ⠀⠀⠀⠀⠀
– A partir de 16 semanas já é possível descobrir se a genitália é de aspecto feminino ou masculino (momento muito esperado por todas as mamães) através de um ULTRASSOM OBSTÉTRICO SIMPLES (ou de rotina). ⠀⠀⠀⠀ – Entre 20 e 24 semanas (ideal: 22 semanas), deve-se fazer o MORFOLÓGICO DE SEGUNDO TRIMESTRE.⠀

É também considerado um dos exames mais importantes do pré-natal e tem como objetivo avaliar a anatomia fetal, confirmar ou descartar defeitos e malformações congênitas, além de ser realizado novamente o rastreamento de pré-eclâmpsia e/ou crescimento intrauterino restrito (CIUR) através do Doppler das artérias uterinas, e a medida do colo uterino por via transvaginal para avaliação do risco de parto prematuro. Se você perdeu o morfológico de 1º trimestre, há alguns marcadores de cromossomopatias que podem ser avaliados, porém não são tão fidedignos como os do 1º trimestre.

No terceiro trimestre: ⠀
-Por fim, no último trimestre, a partir de 28 semanas (geralmente entre 32 e 36 semanas, pois pode variar de acordo com as particularidades do seu pré-natal), é importante que seja feita a ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA COM DOPPLER, para verificar a posição do bebê, vitalidade fetal, o fluxo sanguíneo da circulação maternofetal e uteroplacentária através do estudo dopplerfluxométrico das artérias uterinas, artéria umbilical e artéria cerebral média. É fundamental em gravidez de alto risco.

Além de tudo isso, já existem estudos para realização de um novo exame, a Ultrassonografia Morfológica do Terceiro Trimestre, mas que ainda nao foi totalmente aceita e implementada na rotina habitual do pré-natal.

Também não podemos esquecer do ecocardiograma fetal, entre 20 e 28 semanas (ideal: 24 semanas), para uma avaliação mais detalhada do coração do bebê, uma vez que as cardiopatias congênitas são as mais comuns, devendo ser realizado sempre que possível e disponível.

É IMPORTANTE lembrar que as ultrassonografias quando realizadas sempre no mesmo aparelho e pelo mesmo profissional são mais confiáveis, e assim a possibilidade de prováveis erros relacionados ao desenvolvimento e crescimento fetal são bem menores, já que a ultrassonografia é um exame que depende de um bom equipamento e um bom operador e que pode variar entre observadores e equipamentos diferentes.

Então o ideal é que você escolha um profissional para chamar de seu e para contar com ele sempre que precisar, além de ter uma melhor interpretação de tudo que acontece com seu bebê durante o acompanhamento ultrassonográfico gestacional.

Agora me conta… quais dessas você fez? Conseguiu fazer todas? Tem alguma dúvida? Ou conhece alguém que possa ter? Que tal marcar essa pessoa aqui nos comentários?
Com carinho,

Dra. Juliana Bento Plácido

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