Já parou pra pensar o que uma mãe sente quando descobre que o filho tem uma doença, uma síndrome ou uma mal formação que irá lhe acompanhar para o resto de sua vida?
E quando uma mãezinha que tanto sonhou, tanto idealizou aquela criança, fica sabendo que a perspectiva dela é de pouco tempo pós nascimento?
O IMPORTANTE É TER SAÚDE! Mas, e se não tiver? Não é importante? Eu sei que o desejo de qualquer família é que o bebê seja perfeito, mas nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos.
Filho é filho, e, independente de qualquer situação, não deixará de ser cuidado e amado. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, um filho é capaz de nos fazer experimentar o amor mais puro e genuíno.
É preciso muita sensibilidade e empatia, tanto nossa enquanto profissionais da saúde, quanto de amigos e familiares. Por que se durante toda a gestação já é preciso lidar com um turbilhão de emoções e sensações que esperar um bebê trás, imagina quando aliados às incertezas de um futuro com algum diagnóstico inesperado.
Eu enquanto médica, presenciei e sempre presencio coisas do tipo. Muitas vezes, sou eu a dar essa notícia, e eu consigo imaginar o que aquela família sente naquele momento, e ali por diante.
E se formos pensar, nessa vida não temos certezas de nada. Uma enfermidade pode chegar a qualquer momento, durante ou após a gestação, e nosso amor de mãe e aquela força inexplicável que adquirimos para fazer tudo e qualquer coisa para o bem de nossos filhos serão os mesmos em qualquer fase da vida, mesmo que o filho já seja adulto, casado e tenha sua própria família.
Por isso mãezinhas, paizinhos, amigos e familiares. É importante ter saúde, mas é tambem muito importante ter amor, carinho e empatia quando ela faltar.
Eu sei de várias e que existem milhares de famílias que passaram, passam e vão passar por isso. E, eu só tenho a dizer que se isso acontecer com você é porquê você é forte o suficiente para passar por isso e ser fortaleza também pra essa criança.
Um abraço carinhoso,
Dra. Juliana Bento Plácido
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